Crescimento dos novatos
Novatos na política começam a incomodar velhos grupos de poder. O aumento da rejeição aos partidos políticos e políticos profissionais é um dos principais fatores. Estatisticamente a abstenção vem aumentando a cada eleição. Tem sido comum ouvir dos eleitores que não vão votar em ninguém.
Paulo no Senado
Os novatos, sem vínculos com grupos antigos, sem carreira política e nem processos começam a ganhar espaço na pré-campanha. Um deles é o advogado e jornalista Paulo Roque (Novo). Paulo é pré-candidato ao Senado e tem crescido principalmente entre os jovens e os moradores da classe B. Se conseguir se comunicar com a classe C, dará trabalho durante a eleição.
Paulo no GDF
Outro pré-candidato que vem crescendo é o General Paulo Chagas (PRP). Chagas quer governar o DF e conta com o apoio do pré-candidato a presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). O General nunca se envolveu com a política e já é lembrado mais do que políticos tradicionais.
Abstenção em alta
A pesquisa realizada pela O&P Brasil, ouviu 1.000 pessoas entre os dias 3 e 5 de junho, e foi registrada com o número DF-04198/2018. O levantamento mostra que 49,5% dos entrevistados não pretendem votar em nenhum dos pré-candidatos ou continuam indecisos.
Estreantes
Segundo a pesquisa O&P, a soma dos pré-candidatos que nunca disputaram uma eleição ultrapassa os 10% de intenção de votos. No geral é mais de 20% do que seriam os votos válidos. Claro! Se o resultado da pesquisa fosse o resultado final das eleições. A pesquisa é um retrato do momento. Nesse momento o retrato é esse.
Tá falado
O presidente do PSC, Zenóbio Rocha, afirmou que o partido segue firme na composição que tem como pré-candidato ao GDF o deputado federal Izalci Lucas (PSDB). O PSC faz parte da Frente Cristã. A composição completa, tem ainda o PSDB, PSD, PRB, PSC, PPS, Patriota, PSL e DC.
Pode, não pode
Recentemente, o Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso requisitou às administradoras das principais redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) informações sobre a contratação de serviço de impulsionamento de postagens em favor de pré-candidatos às eleições majoritárias no estado.
Falta clareza
A falta de clareza na legislação eleitoral tem prejudicado muitos pré-candidatos. A pauta de momento é se pode ou não fazer impulsionamento em redes sociais como o Facebook e o Instagram no período da pré-campanha. A legislação permite fazer o impulsionamento na campanha. E na pré-campanha?
Convenção partidária
Com a alteração na legislação ficou claro que a pré-campanha seria limitada a não se pedir votos. Como assim? Simples! Só é possível pedir votos após o nome ser aprovado em convenção partidária e ter o registro aprovado na Justiça Eleitoral. Na pré-campanha o pré-candidato não pode pedir voto, mas pode fazer reunião, falar de si, suas ideias, propostas, etc.
Pré-campanha
Na pré-campanha tem pré-candidato até fazendo material impresso, se apresentando e mostrando suas ideias. Já na internet a duvida persiste. Tem ministro do TSE que diz que não pode, mas tem ministro que diz que pode. A legislação não prevê prestação de contas na pré-campanha e esse é o principal argumento para não ser aceito o impulsionamento na pré-campanha.
Duvida
Se não pode impulsionar na pré-campanha por falta de prestação de contas, então, fazer impresso, adesivo de carro divulgando o site do político, a gasolina que se gasta indo para dezenas de reuniões, a equipe de apoio, enfim. Já deu pra perceber que despesa na pré-campanha é o que não falta. Em resumo, o problema é o impulsionamento ou a falta de clareza da legislação?
* A Coluna é escrita por Sandro Gianelli e publicada de segunda a sexta no Portal Conectado ao Poder, no Jornal Alô Brasília e no Portal Alô Brasília.
