Presidente da Câmara não citou o que seria necesário fazer, mas afirmou que o governo vai precisar adotar medidas nos próximos dia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (9) que o governo precisará de outras ações além das reformas para enfrentar a atual crise, causada pela disseminação do coronavírus e também pela forte queda nos preços do petróleo. Ele não quis especificar quais seriam essas ações.
A equipe econômica ainda não enviou ao Congresso suas propostas de reforma administrativa, que prevê reduzir o número de carreiras dos servidores e o salário de entrada dos novos funcionários públicos, e tributária, para simplificar o sistema tributária.
Nesta segunda-feira, Guedes disse que a equipe econômica está “absolutamente tranquila” e que a melhor resposta para a crise é o encaminhamento das reformas.
Para Maia, a crise do petróleo deve ter impacto de “um ou dois meses” e afirmou não esperar que o choque tenha efeitos permanentes.
Em evento sobre educação, ele acabou comentando que esteve no domingo com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, com o chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, Esteves Colnago, e com um representante da Secretaria de Governo, mas não detalhou o assunto discutido.
Na noite de domingo, Maia publicou em sua conta no Twitter, logo após as primeiras notícias sobre o choque nos preços do petróleo, um alerta de que o cenário internacional “exige seriedade e diálogo das lideranças do País”. Ele defendeu a adoção de medidas emergenciais e afirmou que a crise pode se tornar uma oportunidade “se agora os poderes da República agirem em harmonia e com espírito democrático”.
No evento desta segunda, ao discutir o destino do Fundeb, fundo para a educação básica, Maia disse que não faz nada sem combinar com Mansueto. “Posso até não combinar com Paulo Guedes (ministro da Economia), mas não (deixo de combinar) com o Mansueto. Ele é o Tesouro”, disse.
O presidente da Câmara também defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da emergência fiscal para dar ao governo instrumentos para frear o avanço de gastos obrigatórios, como salários do funcionalismo, e conseguir destinar mais recursos para investimentos. Entre as medidas da PEC está a redução de 25% na jornada e salário dos servidores em momentos de crise.
“O grande desafio é reduzir gastos do governo para transferir mais a saúde, educação, segurança”, disse.
Fonte: Terra